A temporada 2025 da Indy Gold – Sectronic Top One AV começou em grande estilo com uma prova tática, intensa e limpa, disputada em Daytona. Foram 142 voltas completas sob bandeira verde, com um grid praticamente lotado e altíssimo nível técnico.
Mesmo sendo um circuito incomum para a categoria, Daytona testou não só a velocidade dos pilotos, mas principalmente o controle emocional e a capacidade de tomar decisões estratégicas sob pressão.
⚙️ Início conservador e o jogo da economia
A pole ficou com Adriano Fraporti, garantindo o primeiro ponto da temporada. Na largada, como já se esperava para esse tipo de pista, a disputa por posições foi tímida. A prioridade era clara: entrar no ritmo de economia de combustível e manter o vácuo.
Com consumo elevado no IR18, os pilotos buscaram alinhar sua estratégia para completar a corrida com quatro stints bem divididos, idealmente com paradas a cada 35 voltas.
Durante essa fase, quem andava fora do vácuo sofria. Alguns pilotos apostaram em andar mais à frente para garantir controle de ritmo, enquanto outros preferiram poupar ao máximo, rodando no fim do pelotão.
⛽ Quando estratégia é tudo — e detalhes decidem tudo
Ao longo da prova, diversos pilotos testaram suas janelas de parada em busca de uma vantagem futura. O último a parar no segundo ciclo foi Daniel Reche, que arriscou uma estratégia alternativa com parada tardia. A ideia era completar os stints no limite da janela, mas a decisão acabou custando caro: ao sair dos boxes, ele perdeu o contato com o pelotão principal por menos de um segundo, o suficiente para ser isolado e forçado a seguir em ritmo próprio no segundo grupo.
Enquanto isso, a dupla da Arruaça, Adriano Pinheiro e Rafael Fuzaro, fazia leitura perfeita do cenário. Optaram por antecipar a penúltima parada, mesmo sabendo que ainda seria necessária uma última ida aos boxes. A estratégia era clara: abrir pista, evitar tráfego e usar slinghots em duplas e trios para manter alta velocidade com menor consumo.
Fuzaro, que havia largado dos boxes e levou 24 voltas para alcançar o pelotão, deu um verdadeiro show de consistência e recuperação.
🔄 Últimos stints e decisão milimétrica
Nos últimos 30 giros, o grid se espalhou em diversos grupos menores, resultado direto das estratégias divergentes. Enquanto alguns tentavam fechar a conta com combustível no fio da navalha, outros aceleravam em mapa alto para tentar um undercut certeiro.
O grupo que liderava a prova — Fraporti, Jonatas Martins e Benevenuto — tentou esticar ao máximo o stint final, mas o ritmo de quem vinha atrás era superior. Pinheiro e Fuzaro, em ritmo de classificação, conseguiram tirar uma diferença de mais de 4 segundos faltando menos de 10 voltas para o fim.
Na última volta, Adriano Pinheiro defendeu a linha interna com precisão e cruzou a linha de chegada à frente por menos de um décimo de segundo, garantindo mais uma vitória para sua carreira na Top One.
🏆 Resultado Final – Top 5
| Posição | Piloto | Equipe |
|---|---|---|
| 🥇 1º | Adriano Pinheiro | Arruaça |
| 🥈 2º | Rafael Fuzaro | Arruaça |
| 🥉 3º | Adriano Fraporti | Independente |
| 4º | Jonatas Martins | Leaner |
| 5º | Eric Troyano | Independente |
🎯 Conclusão
A estreia da T3/2025 da Indy Gold foi uma verdadeira aula de estratégia no automobilismo virtual. A ausência de bandeiras amarelas exigiu controle total, disciplina tática e frieza em momentos cruciais. Algumas apostas ousadas, como a tentativa de esticar stints ou segurar o consumo no limite, mostraram como pequenos detalhes — como uma volta a mais nos boxes — podem definir o sucesso ou o fracasso de uma corrida.
Com um grid forte e consciente, a expectativa para as próximas etapas é altíssima. E se Daytona foi só o começo, vem muito mais por aí.
